OBJETIVOS

Embora as ferramentas de mandrilar raramente cheguem a 15 % do total de ferramentas envolvidas na usinagem, são de extrema importância à produtividade de um processo. Uma vez que o mandrilamento é um processo freqüentemente empregado na usinagem final de peças, que já adquiriram um elevado valor agregado através de horas de usinagem prévia, a produção de refugos neste estágio é altamente indesejável.
Os objetivos deste trabalho são a verificação e comparação das características dinâmicas e influência sobre a qualidade da superfície usinada, assim como sobre a precisão de forma e dimensional no mandrilamento com cabeçotes munidos de regulagem de excentricidade da ferramenta e do sistema de balanceamento incorporado.

PROCEDIMENTOS

O desbalanceamento de cabeçotes de mandrilar causado pela excentricidade da ferramenta de corte influi no nível de vibração da máquina, o que por sua vez influi na qualidade da superfície e na precisão de forma dos furos usinados. Com o intuito de contribuir para a otimização do processo de mandrilamento de precisão, pretende-se comparar o comportamento dos cabeçotes de mandrilar mais conhecidos no mercado. Todos os cabeçotes de mandrilar selecionados apresentam possibilidade de regulagem da excentricidade da ferramenta, sendo destinados ao mandrilamento de furos na faixa de 10 a 25 mm de diâmetro. Alguns dos cabeçotes possuem sistema de balanceamento integrado.
Os materiais usado nos experimentos são alumínio c/ 15% de silício, ferro fundido GGG 30, aço SAE 1045 e aço SAE 4340.

Cinco são os aspectos de interesse neste trabalho:

• Medição de características dinâmicas: com a medição do nível de vibração pretende-se avaliar a influência que o sistema de balanceamento tem sobre a vibração do sistema fuso da máquina - cabeçote.
• Influência sobre a qualidade superficial: avaliação da influência do sistema de balanceamento sobre o acabamento superficial através da medição de rugosidade dos corpos de prova usinados.
• Influência sobre a precisão de forma: avaliação da influência do sistema de balanceamento sobre a circularidade dos furos mandrilados.
• Precisão de regulagem: para uma dada variação de diâmetro é feita a regulagem de excentricidade e, após mandrilado o furo, medido o diâmetro alcançado a fim de fazer a comparação entre este e o diâmetro pré-determinado.
• Tempo de regulagem: dado um diâmetro, é medido o tempo necessário para atingir esta medida. Para tanto é levado em consideração tanto a regulagem do cabeçote, quanto o número de passes necessários para se atingir a medida dentro da tolerância desejada.
  

Cabeçotes de mandrilar