INTRODUÇÃO

Para melhorar o desempenho das operações de usinagem, tanto tecnológica como economicamente, freqüentemente utiliza-se fluido de corte nos diversos processos de usinagem.

As crescentes pressões dos órgãos ambientais para reduzir o impacto da produção industrial sobre o meio ambiente e o surgimento de leis cada vez mais severas estimulam o desenvolvimento de todo e qualquer trabalho no sentido de diminuir o impacto ambiental dos processos de fabricação e contribuem para se atingir a produção limpa.
Como conseqüência, a usinagem a seco e com quantidade mínima de fluido de corte (MQFC) tem se mostrado como uma forte alternativa para os processos de fabricação.

Dentre as operações de usinagem, o torneamento é um dos processos mais utilizadas. Novos revestimentos que aumentam a resistência das ferramentas ao desgaste e que permitem a usinagem em altas temperaturas contribuem para o emprego destas ferramentas na usinagem a seco.

O grupo de estudos no desenvolvimento de usinagem ecológica atua no LMP desde 1996, onde continuamente tem desenvolvido pesquisa neste tema. Neste período foram iniciados diversos trabalhos de mestrado e um de doutorado, juntamente com estudos específicos para empresas conveniadas, buscando desenvolver um bom acervo de conhecimentos neste tema.

OBJETIVOS

O desenvolvimento deste trabalho tem como objetivo analisar o comportamento do desgaste na ferramenta, das forças de usinagem e da qualidade superficial obtida no processo de torneamento com insertos de metal duro. Neste estudo são analisadas cinco condições quanto aos fluidos de cortes: usinagem a seco, com a mínima quantidade de fluido de corte (MQFC), óleo vegetal, óleo mineral e bissulfeto de molibdênio. Os experimentos são realizados para o torneamento cilíndrico longitudinal.

DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

Visando obter informações tecnológicas para os sistemas produtivos, foram escolhidos insertos usualmente utilizados em chão de fábrica. Nestes ensaios são analisados a evolução do desgaste da ferramenta, o comportamento das forças de usinagem (força de corte, força de avanço e força passiva) e a qualidade da superfície gerada para cada inserto. Nos resultados finais poderá ser observada a influência da eliminação do fluido de corte neste processo, uma vez que o fluido de corte, visto pelo aspecto ecológico, mostra-se como um agente nocivo ao meio ambiente. Neste contexto, o desenvolvimento deste trabalho fica perfeitamente justificado.

Torneamento com quantidade mínima de fluido de corte